The price of radical justice.

in voilk •  3 months ago

    Intercept Brasil

    The growing wave of violence here in Brazil is truly surreal, especially in large states (with a focus on their respective metropolises), which end up concentrating a greater number of people. Three states stand out for their very high negative rates in the most diverse types of violence: Rio de Janeiro, São Paulo and Salvador. Amidst the chaos, the population is tired of waiting for the police to do their job correctly and is calling for collective justice, which has a radical appeal. In other words, taking matters into your own hands is becoming the “new right”.
    However, would taking justice into your own hands (in an attempt to prevent new crimes from happening or to avenge all those who somehow ended up being victims) really be the best way? I understand the collective revolt that ends up suffocating the entire population, and amidst the inertia of poorly done work by the authorities (which obviously go far beyond the police itself) this becomes even more understandable, but acting like this is a step backwards. and represents a state of barbarism that we, as a society, should not choose... We can be more.
    Some crimes are worse than others, but all of them (without any exception) deserve to be adequately punished. However, within this merit of punishment, what would be the rule of justice to define the time of imprisonment and other penalties for those found guilty? Each country has its own laws, and Brazil - at least in its federal constitution - has the most severe set of laws in the world. Unfortunately, in practice, this is very far from happening, especially when crimes (in all their spheres) are separated by social class. Justice here is blind to the poor.
    Perhaps, within a context of denial and pure negligence in favor of the most financially disadvantaged class, the search for radical justice is notorious. In this behavioral dome, the population itself apprehends criminals, at the same time that they also judge and condemn them. In this third aspect, the outcome can be brutal, and can also be wrong when the conviction is imposed due to some type of mistake (whether caused by the impulsive attitudes of a population or by the spread of false news on various social media platforms).
    In my view, this is a reflection of history and traditional political management over the years. When fatigue reaches a population that they see forgotten on the country's map, and the authorities are unable to act effectively to try to contain the damage, in their minds it is normal to create plans to take justice into their own hands. I say that I don't agree with this, but I understand the population's anger at such a flawed justice system. The government becomes the big villain in this story, which unfortunately will still happen for many years to come (at least here in Brazil).


    El precio de la justicia radical.

    La creciente ola de violencia aquí en Brasil es verdaderamente surrealista, especialmente en los estados grandes (con foco en sus respectivas metrópolis), que terminan concentrando un mayor número de personas. Tres estados destacan por tener altísimas tasas negativas en los más diversos tipos de violencia: Río de Janeiro, São Paulo y Salvador. En medio del caos, la población está cansada de esperar a que la policía haga correctamente su trabajo y pide una justicia colectiva, que tiene un atractivo radical. En otras palabras, tomar el asunto en sus propias manos se está convirtiendo en el “nuevo derecho”.
    Sin embargo, ¿sería realmente la mejor manera de tomar la justicia por mano propia (en un intento de evitar que ocurran nuevos crímenes o de vengar a todos aquellos que de alguna manera terminaron siendo víctimas)? Entiendo la revuelta colectiva que termina asfixiando a toda la población, y en medio de la inercia del trabajo mal hecho por parte de las autoridades (que obviamente van mucho más allá de la propia policía) esto se vuelve aún más comprensible, pero actuar así es un paso atrás. representa un estado de barbarie que nosotros, como sociedad, no debemos elegir... Podemos ser más.
    Algunos delitos son peores que otros, pero todos (sin excepción) merecen un castigo adecuado. Sin embargo, dentro de este mérito de la pena, ¿cuál sería la regla de justicia para definir el tiempo de prisión y otras penas para los declarados culpables? Cada país tiene sus propias leyes, y Brasil - al menos en su constitución federal - tiene el conjunto de leyes más severas del mundo. Lamentablemente, en la práctica esto está muy lejos de suceder, especialmente cuando los delitos (en todos sus ámbitos) están separados por clases sociales. La justicia aquí es ciega para los pobres.
    Quizás, en un contexto de negación y pura negligencia a favor de la clase más desfavorecida económicamente, la búsqueda de una justicia radical sea notoria. En esta cúpula comportamental, la propia población apresa a los delincuentes, al mismo tiempo que también los juzga y condena. En este tercer aspecto, el resultado puede ser brutal, pudiendo ser también erróneo cuando la condena se impone por algún tipo de error (ya sea provocado por las actitudes impulsivas de una población o por la difusión de noticias falsas en diversas plataformas de redes sociales).
    En mi opinión, esto es un reflejo de la historia y de la gestión política tradicional a lo largo de los años. Cuando el cansancio llega a una población que ven olvidada en el mapa del país, y las autoridades son incapaces de actuar eficazmente para intentar contener los daños, en sus mentes es normal crear planes para tomarse la justicia por mano propia. Digo que no estoy de acuerdo con esto, pero entiendo el enojo de la población ante un sistema de justicia tan defectuoso. El gobierno se convierte en el gran villano de esta historia, que lamentablemente seguirá sucediendo durante muchos años (al menos aquí en Brasil).


    O preço da justiça radical.

    A crescente onda de violência aqui no Brasil é realmente algo surreal, principalmente nos grandes estados (com foco em suas respectivas metrópoles), que acabam concentrando um maior número de pessoas. Três estados se destacam pelos altíssimos índices negativos nos mais diversos tipos de violência: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Em meio ao caos, a população está cansada de esperar que a polícia faça o seu trabalho corretamente e está apelando para uma justiça coletiva, que tem um apelo radical. Em outras palavras, agir com as próprias mãos está sendo a “novo correto”.
    No entanto, fazer justiça com as próprias mãos (na tentativa de evitar que novos crimes aconteçam ou de vingar todos aqueles que de alguma forma acabaram sendo vítimas) seria mesmo o melhor caminho? Eu entendo toda à revolta de teor coletivo que acaba sufocando toda à população, e em meio a inércia de um trabalho mal feito pelas autoridades (que obviamente vão muito além da polícia em si) isso se torna ainda mais compreensível, mas agir assim é retrocesso e representa um estado de barbárie ao qual nós, enquanto sociedade, não devemos escolher... Nós podemos ser mais.
    Alguns crimes são piores do que outros, mas todos eles (sem qualquer tipo de exceção) merecem ser adequadamente punidos. No entanto, dentro desse mérito de punição, qual seria a régua da justiça para definir o tempo de reclusão e demais penas para os culpados? Cada país tem as suas próprias leis, e o Brasil - ao menos na constituição federal - tem o conjunto de leis mais severa do mundo. Infelizmente, na prática, isso está muito longe de acontecer, principalmente quando os crimes (em todas as suas esferas) são separados por classes sociais. A justiça por aqui é cega para os pobres.
    Talvez, dentro de um contexto de negação e de pura negligência a favor da classe mais prejudicada financeiramente, é notória à busca pela justiça radical. Nesta redoma comportamental, a própria população apreende os criminosos, ao mesmo tempo em que também os julgam e também os condenam. Neste terceiro aspecto o desfecho pode ser brutal, e também pode ser equivocado quando a condenação é aplicada por algum tipo de engano (seja ele provocado pelas atitudes impulsivas de uma população ou por propagação de notícias falsas em diversas plataformas de mídias sociais).
    No meu ponto de vista, isso é um reflexo da história e tradicional gestão política ao longo dos anos. Quando o cansaço chega até uma população que vê esquecida no mapa do país, e as autoridades não conseguem agir efetivamente para tentar conter os danos, na mente delas é normal criar planos para fazer justiça com as próprias mãos. Eu digo que não concordo com isso, mas entendo à revolta da população perante a um sistema de justiça tão falho. O governo se torna o grande vilão dessa história, que infelizmente, ainda irá acontecer por longos e longos anos (ao menos aqui no Brasil).

    Posted Using InLeo Alpha

      Authors get paid when people like you upvote their post.
      If you enjoyed what you read here, create your account today and start earning FREE VOILK!