The happiness of not always being right / A felicidade de não estar sempre certo [En-Pt]

in reflection •  3 months ago

    boy-3360415_1280.jpg
    Source: https://pixabay.com/pt/photos/garoto-m%C3%B3vel-procura-3360415/

    Wouldn't a society that only focusses on what interests each individual be just an infinite collection of islands?

    I occasionally travel to the city centre by public transport, both for the speed and the convenience and cost.

    On one of my last journeys by suburban train, I noticed that I was practically one of less than 10 people in that carriage who weren't fixing a screen on an electronic device.

    Having grown up at a time when mobile phones were only used for communication, and not by the general population, and which only served to establish contact by voice or written message from one mobile point to another (fixed or mobile), it's no wonder that in just under two decades that whole reality has been replaced.

    I'm not playing the old man of Restelo here (explanation), not at all! The advantages of technology far outweigh the disadvantages.

    It would be unthinkable to be able to know our location in real time, for example... Or even be able to communicate by video with someone on the other side of the world, and at the dizzying speed we have.

    But all this progress has unfortunately brought to light some of our greatest weaknesses. Since we are a thinking being, but dependent not only on the external environment, but on what is innate in us, our reward system, or even our escape or fight system, is the most ancestral and inviolable we have.

    Overcoming the pandemic that took hold just over four years ago, forced distance has been overcome to some extent with the applications and technology we have.

    The possibility of teleworking, of meetings via the internet (which until then only a small part of the population used), have come to be seen as a lifeline, and in truth, they have prevented huge financial losses all over the planet.

    The inequalities in each society, however, have obviously had room to grow. Surrendering to demands that until then had never been asked for, many families have seen their kitchens transformed into offices, meeting rooms and even classrooms for their children.

    But all this always comes at a price... And this, in my opinion, is a very high price.

    Just four years on, we're already seeing health reports stating that the percentage of young people and children who notice that they have problems socialising and even connecting with their surroundings is staggeringly high! The percentage of adults who now ‘depend’ on anxiety medication to get a restful night's sleep has surpassed pre-pandemic peak levels.

    I have to ask myself, is this the kind of society we want to ‘build’? A society that has access to everything, almost immediately, at its fingertips (literally), or whether we should place more value on physical interaction, on discovering nature and the environment around us, and not be afraid of not taking the shortest route.

    What's wrong with going from one point to another and not taking the shortest or fastest route? What's wrong with not always being right, or not always being sure of ‘everything’?

    The happiness of discovery has been replaced by the ‘pleasure’ of knowing exactly the answers, while failing to answer one of the most important questions: ‘What really matters’?

    I hope you've enjoyed my daily reflection.

    Thank you for reading and for sticking around!

    Cheers!

    Uma sociedade presa apenas ao que interessa a cada indivíduo, não será apenas um conjunto infinito de ilhas?

    Ocasionalmente desloco-me até ao centro da cidade de transportes públicos, quer pela celeridade, quer mesmo pela comodidade e custo.

    Numa das minhas últimas viagens de comboio suburbano, reparei que eu era praticamente uma das menos de 10 pessoas, naquela carruagem, que não estavam a fixar um ecrã de um equipamento electrónico.

    Tendo crescido numa altura em que os telemóveis eram algo usado apenas para as comunicação, e não por a generalidade da população, e que apenas serviam para estabelecer o contacto port voz ou por mensagem escrita de um ponto móvel para outro ponto (fixo ou móvel), não admira que em pouco menos de duas décadas toda essa realidade tenha vido a ser substituída.

    Não me estou a armar em velho do Restelo (referência), nada de isso! De longe que as vantagens da tecnologia ultrapassam as desvantagens.

    Seria impensável conseguirmos saber, por exemplo a nossa localização em tempo real... Ou mesmo conseguirmos comunicar por meio de vídeo com alguém do outro lado do mundo, e à estonteante velocidade que temos.

    Mas todo este avanço, infelizmente, veio trazer mais à tona algumas das nossas maiores fragilidades. Sendo nós um ser pensante, mas dependente não somente do meio exterior, mas do que em nós nos é inato, o nosso sistema de recompensa, ou mesmo o nosso sistema de fuga ou luta é do mais ancestral e do mais inviolável que temos.

    Ultrapassando a pandemia que há pouco mais de 4 anos se instalou, a distância forçada, veio de alguma forma ser colmatada com as aplicações e a tecnologia que temos.

    A possibilidade de teletrabalho, de reuniões via internet (que até então apenas uma pequena parte da população usava), passaram a ser vistas como tábua de salvação, e em boa verdade, vieram evitar perdas financeiras enormes por todos o planeta.

    As desigualdades em cada sociedade, no entanto, tiveram campo aberto para crescer como é obvio. Rendidos às exigências que até então nunca tinham sido pedidas, várias famílias viram suas cozinhas serem transformadas em escritórios, salas de reuniões e mesmo sala de aulas para os seus filhos.

    Mas tudo isso, vem sempre com um preço... E este, no meu ver, um preço bem alto.

    Apenas 4 anos volveram, e já actualmente vemos os relatórios de saúde a declararem que a percentagem de jovens e crianças que notam que têm problemas de sociabilização e mesmo de conexão com o que os rodeia é estonteantemente maiores! A percentagem de adultos que hoje "dependem" de medicação para a ansiedade, para terem uma noite descansada, ultrapassou os níveis máximos pré-pandemia.

    Resta-me perguntar, se é este o tipo de sociedade que pretendemos "contruir"? Uma sociedade que tem o acesso a tudo, e de forma quase imediata, na ponta dos seus dedos (literalmente), ou se deveremos valorizar mais a interacção física, a descoberta da natureza e do ambiente que nos rodeia, e não ter medo de não tomar o caminho mais curto.

    Que mal tem ir de um ponto a outro, e não irmos pelo caminho mais curto ou mais rápido? Que mal tem em não estarmos sempre correctos, ou não termos sempre a certeza de "tudo"?

    A felicidade da descoberta veio a ser substituída pelo "prazer" de saber exactamente as respostas, não conseguindo no entanto responder a uma das mais importantes questões: "O que é que verdadeiramente importa"?

    Espero que tenham gostado desta minha reflexão diária.

    Obrigado por terem lido e por terem permanecido!

    Um abraço!

    separador.png


    Translated with DeepL.com (free version)
    Free Image from Pixabay.com

    XRayMan.gif

      Authors get paid when people like you upvote their post.
      If you enjoyed what you read here, create your account today and start earning FREE VOILK!